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No geral, 85% dos casais conseguem engravidar naturalmente em 1 ano de tentativa, mantendo relações sexuais dentro do período fértil da mulher sem o uso de nenhum método contraceptivo.
A endometriose representa claramente o mais importante fator que atrapalha a fertilidade feminina. A taxa mensal de fecundidade de uma mulher sem endometriose chega a ser de 15-20% enquanto de uma mulher com endometriose cai para 2-10% (1). Outros problemas ginecológicos, como adenomiose, aderências, alterações no endométrio (hiperplasia, pólipos, miomas, septos, endometrite) também dificultam ou impedem a fertilização, representando um obstáculo para a realização da maternidade.
Quando bem indicada, a cirurgia pode reverter muitos destes processos, aumentando significativamente as taxas de fertilidade e aproximando os casais do sonho de serem pais.
O tratamento começa pela investigação das possíveis causas da infertilidade durante a consulta. Com estas informações em mãos, são solicitados exames laboratoriais, incluindo dosagens hormonais, ultrassonografias, ressonâncias e, no caso do parceiro, espermograma.
Se for identificada que a causa de infertilidade tem tratamento cirúrgico, é feito o planejamento para a remoção do potencial fator causador da infertilidade, através da cirurgia minimamente invasiva. Caso contrário, a paciente pode ser encaminhada para tratamento por reprodução assistida.
Através de instrumentos e câmeras de excelente qualidade introduzidos por pequenas incisões na pele ou através da via vaginal, a equipe cirúrgica promove a retirada dos focos de endometriose, miomas, aderências entre outros (3). A recuperação da cirurgia minimamente invasiva é muito mais rápida do que a via convencional aberta.
É importante ressaltar que, diferente das técnicas de reprodução assistida, uma cirurgia bem indicada não só aumenta as taxas de fecundidade como também promove a retirada do fator causador (focos de endometriose ou miomas, por exemplo), o que não é possível através das técnicas de fertilização. Outro benefício é evitar o uso da enorme quantidade de hormônios que são utilizados para estimular os folículos.
Referências:
1. Young, K., Fisher, J. & Kirkman, M. Endometriosis and fertility: women’s accounts of healthcare. Human reproduction (Oxford, England) 31, 554–562 (2016).
2. Blanc, M. & Theobald, P. von. Fertility after surgery for deep infiltrating endometriosis. Journal of gynecology obstetrics and human reproduction 46, 143–146 (2017).
3. Zondervan, K. T., Becker, C. M. & Missmer, S. A. Endometriosis. New Engl J Medicine 382, 1244–1256 (2020).
Atendimento Particular. Emitimos nota fiscal. Auxiliamos e acompanhamos o processo de solicitação de reembolso de cirurgias junto aos convênios
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